Um incêndio num restaurante coloca em causa a segurança dos colaboradores e dos clientes e origina perdas económicas e reputacionais.

São várias as causas de incêndios na restauração, desde instalações elétricas e de gás defeituosas ou sobrecarregadas, descuidos ou imprudências na cozinha, ou ainda a ausência de ordem e limpeza na cozinha.

Partilhamos algumas dicas para reduzir o risco de incêndio no seu restaurante.

Conselhos Z restaurante

A maioria dos incêndios inicia-se devido à grande quantia de material combustível (óleos, gorduras) existente no sistema de extração/ventilação das cozinhas. Assim, é fundamental evitar a acumulação de gordura no exaustor da cozinha. Os filtros devem ser limpos periodicamente e os ductos de extração devem ser limpos pelo menos duas vezes por ano.

As altas temperaturas são responsáveis pela produção de vapores em quantidade suficiente para gerarem uma combustão espontânea, atingir o ponto de ignição ou provocar um incêndio. Deve comprovar-se periodicamente o funcionamento do termostato da fritadeira e não deixar o equipamento sem vigia. Em alternativa, podem colocar-se temporizadores de funcionamento de modo a garantir que as fritadeiras não ficam acidentalmente ligadas fora do horário de utilização.

Os quadros elétricos devem permanecer fechados para evitar a acumulação de partículas suspensas (poeiras) e gorduras no seu interior. As tomadas e os disjuntores apenas devem ser manipulados por empresas certificadas e autorizadas. Aconselha-se também a realizar um estudo termográfico uma vez por ano para evitar a sobrecarga da rede elétrica.

Ao finalizar as atividades diárias, é importante verificar o fecho das válvulas principais e o sistema de deteção de gás. Caso não tenha instalado este sistema, recomenda-se a instalação de uma válvula de corte rápido (shut-off valve). A manutenção e inspeções regulares são fundamentais para a diminuição do risco de incêndio.

O uso de velas nas zonas de refeição obriga a cuidados especiais. As velas devem ser colocadas em bases próprias, zonas livres de correntes de ar e afastadas de objetos que possam arder facilmente, como tecidos. Como alternativa, recomenda-se a utilização de velas artificiais LED. Ao finalizar as atividades diárias, confirmar que as velas estão todas devidamente apagadas.

As saídas de emergência devem estar livres de qualquer obstáculo e nunca devem ser obstruídas, mesmo que temporariamente. A obstrução de saídas de emergência é punida por lei. Os estabelecimentos devem ter distribuídos por vários locais acessíveis extintores portáteis com sinalização bem visível, sendo que o percurso entre cada um não deve exceder os 15 metros. Na cozinha, devem colocar-se extintores Classe K e mantas de extinção de fogos.