Riscos económicos continuam a sobrepor-se aos riscos climáticos e cibernéticos
Eventos climáticos extremos entram no top cinco dos riscos do G20, após um ano marcado por temperaturas recorde, inundações severas e incêndios florestais
Lisboa, 5 de dezembro de 2024 – Apesar de as condições económicas a nível mundial apresentarem alguns sinais de melhoria, os líderes empresariais da maioria dos países do G20 continuam preocupados com as ameaças iminentes de recessão, escassez de mão-de-obra e aumento da inflação. A conclusão é do Executive Opinion Survey, um estudo conduzido pelo Fórum Económico Mundial e hoje divulgado pelos seus parceiros estratégicos – a Marsh McLennan (NYSE: MMC), líder mundial nas áreas de Risco, Estratégia e Capital Humano, e o Zurich Insurance Group (SWX: ZURN), segurador global líder multi-ramo e fornecedor de serviços de resiliência.
O survey anual revela os cinco principais riscos a curto prazo identificados por mais de 11.000 líderes empresariais de 121 países. A recessão económica, a escassez de mão-de-obra e/ou talentos, bem como a inflação, continuam a dominar a lista como os três principais riscos apontados pelos líderes empresariais do G20 para os próximos dois anos. Seguem-se a pobreza e a desigualdade, que ocupam o quarto lugar do ranking.
Os eventos climáticos extremos têm-se posicionado entre os cinco principais riscos do G20, ocupando este ano o quinto lugar. Isto ocorre um ano depois de muitos países do G20, incluindo o Brasil, a Alemanha, a Indonésia e os Estados Unidos, terem enfrentado inundações severas, precipitação acima da média, incêndios florestais, calor extremo ou a frequência elevada de furacões.
Os resultados deste ano indicam também uma preocupação crescente com os riscos tecnológicos, incluindo os impactos adversos da inteligência artificial, como a desinformação e a disseminação de informações falsas. Estes riscos aparecem seis vezes entre os cinco principais nas classificações específicas por país, contrastando com apenas três menções em 2023. Os riscos tecnológicos foram classificados como o principal risco para os negócios na Indonésia, o terceiro maior risco nos Estados Unidos e o quarto risco para o Reino Unido.
“Embora vejamos algumas tendências positivas na economia global, os resultados do Executive Opinion Survey deste ano destacam um nível significativo de ansiedade entre os líderes empresariais nos países do G20. As ameaças persistentes de recessão, escassez de mão-de-obra, aumento do protecionismo e inflação elevada estão no topo das preocupações dos executivos à medida que avançamos para 2025. Além disso, os eventos climáticos extremos e os riscos tecnológicos, incluindo as consequências da inteligência artificial e da desinformação, tornam o cenário ainda mais complexo. Para enfrentar estes desafios com sucesso, as empresas precisam de permanecer vigilantes e adaptáveis”, afirma Carolina Klint, Chief Commercial Officer da Marsh McLennan Europa.
“À medida que as empresas navegam num cenário de risco cada vez mais complexo, é essencial alargar o foco para além dos riscos económicos. O ano de 2024 está a caminho de ser o mais quente de sempre e, portanto, os impactos crescentes das alterações climáticas não devem ser ignorados. O rápido avanço das tecnologias emergentes ajudará a superar os desafios crescentes, mas também apresenta novas ameaças. Ao identificar e mitigar proativamente estes diversos riscos, as empresas podem construir resiliência e prosperar perante a incerteza. Abordar estas questões de forma direta não só protegerá as operações, mas também posicionará as empresas para o sucesso sustentável no futuro”, afirma Peter Giger, Group Chief Risk Officer do Zurich Insurance Group.
O Executive Opinion Survey é conduzido pelo Centre for the New Economy and Society do Fórum Económico Mundial. A Marsh McLennan e o Zurich Insurance Group são parceiros estratégicos do Fórum Económico Mundial.