Emigração - Motivos e Destinos de Eleição

Maioria dos jovens portugueses admite emigrar

  • 57% dos jovens até aos 24 anos já vive fora do país ou admite emigrar, sendo a falta de emprego em Portugal o principal motivo para deixar o país
  • 40% dos portugueses de todas as faixas etárias também encara a emigração como uma solução para a sua vida
  • Nos 12 países consultados, apenas os russos têm maior desejo de emigrar do que os portugueses

A maioria (57%) dos jovens portugueses entre os 15 e os 24 anos admite emigrar ou já emigrou para outro país em busca de emprego. A procura por novas e melhores oportunidades profissionais e por um melhor nível de vida são os principais motivos para os jovens saírem de Portugal, de acordo com o estudo internacional sobre emigração promovido pela Zurich e aplicado em 12 países.

Entre os 57% dos jovens portugueses que encaram a emigração como uma solução para a sua vida, 4% já deu de facto esse passo e confessa que a experiência está a ser positiva, enquanto 9% está efetivamente a fazer algo para concretizar esse desejo. No entanto, a maioria (32%) reconhece ainda ter medo de o fazer.

A segurança no trabalho (62%) é a principal condição que esperam encontrar no país de destino, assim como estabilidade política (37%), baixa taxa de criminalidade (35%) e regimes de poupança e pensões estáveis (ambos com cerca de 20%). Face a estas características, a Alemanha, a Áustria e a Suíça assumem-se como os países preferidos por 50% dos jovens, relegando para segundo plano a América do Norte (28%) ou países da Europa do Sul (20%).

40% dos portugueses admite emigrar

Neste estudo, no qual foram inquiridas 7.754 pessoas nos 12 países, verifica-se também que a emigração é uma hipótese colocada pelos portugueses de todas as faixas etárias, uma vez que 40% do total dos questionados admite esse cenário como plausível. Este desejo é maior apenas na Rússia (64% deseja emigrar) e equivalente em Marrocos (40%). A segurança no trabalho (55%) é o fator mais desejado pelos portugueses, seguido pela baixa criminalidade (36%), estabilidade política (29%), um regime de pensões estável (24%) e um regime de poupança estável (15%).

Maioria dos países prefere continuar a viver no seu país (de origem)

A nível dos 12 países analisados, os resultados evidenciam que a maioria dos entrevistados não considera um recomeço noutro país. Os inquiridos nos países com uma forte saúde económica, como a Suíça, Alemanha, Austrália e Áustria, mencionaram mesmo que já vivem no melhor país em que podem pensar. As razões mais importantes para os inquiridos que consideram ou realmente saem do país são as melhores oportunidades de trabalho noutros países (28%) e o desemprego no país de origem (21%). A nível global, a segurança no trabalho (43%), a baixa criminalidade (39%), a estabilidade política (38%) e a cobertura de seguros para doença/invalidez de confiança (22%) são os aspetos mais valorizados no país de destino.

Conheça os resultados deste estudo