Pequenas e Médias Empresas - Riscos e Oportunidades
(1ª edição - 2013)
- PME portuguesas: 10% contrataram trabalhadores e 6% aumentaram salários
- Brasil é líder no aumento dos salários, mas é dos países que menos contratou
- Um quinto das PME nacionais reduziu preços e colaboradores
Nos últimos 12 meses, 10% das pequenas e médias empresas portuguesas contrataram colaboradores e 6% conseguiram mesmo aumentar salários, de acordo com um estudo promovido pela Zurich junto de CEO, proprietários, Diretores-Gerais e Financeiros e Chefes de Operações de pequenas e médias empresas (PME) de doze países. Estes números colocam as PME nacionais à frente de países como a Irlanda, Itália e Espanha nos indicadores contratações e ordenados.
Comparando com outros países onde o questionário foi aplicado, o Brasil é o campeão do aumento de salários (41%), seguido pela Suíça (24%). Pelo contrário, no que à contratação de colaboradores diz respeito, o Brasil fica-se pelos 5% com o Reino Unido a assumir a primeira posição (22%).
Verifica-se ainda que no último ano a maioria das PME nacionais optou por dar resposta a novos nichos de mercado, desenvolver novos produtos (ambos com 18%) e reduzir preços e número de funcionários (ambos com 20%). No que diz respeito à redução de colaboradores, Portugal assume-se como o país mais sacrificado. Apesar de todas as dificuldades, apenas 8% dos inquiridos confessa ter pensado encerrar o seu negócio, contra 12% no Reino Unido e 17% em Espanha.
A contrastar com este panorama, o estudo revela que os empresários ainda não estão persuadidos para o investimento na análise ao risco, apesar do interesse por este assunto estar a crescer. Os portugueses identificam como principais riscos a quebra no consumo, a concorrência, o dumping de preços e os roubos (todos eles com 32%). Falhas no abastecimento (14%), danos nas viaturas da empresa (13%), segurança e saúde dos colaboradores (10%), catástrofes naturais e imprevistos climatéricos (8%) também constituem inquietações das Direções das PME portuguesas, cada vez mais sensíveis à introdução da gestão do risco no seu planeamento.
A redução de custos (32%) é apontada pelas PME nacionais como a principal oportunidade para o negócio, sete pontos acima da média dos inquiridos. Portugal destaca ainda como oportunidades a aposta em recursos humanos mais qualificados, a exploração de novos targets/segmentos (ambos com 20%), a diversificação de produtos e serviços (17%) e a expansão para mercados estrangeiros (16%).