Alzheimer: Como diminuir o risco de desenvolver a doença?

Saúde e Bem-estar | 21 de setembro de 2021

Perda de memória, mudanças na personalidade, dificuldades em realizar tarefas habituais ou perda da noção de tempo. Estes são alguns dos sintomas mais comuns da doença de Alzheimer. Conheça os principais fatores de risco e como travá-los.

 A doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas. Os sinais começam de forma subtil, com lapsos de memória que se tornam cada vez mais frequentes, sobretudo associados a acontecimentos recentes. Ao esquecimento de nomes ou de palavras juntam-se também os indícios de desorientação: a pessoa perde-se no caminho para o supermercado ou guarda objetos em locais invulgares como, por exemplo, as chaves de casa no frigorífico. À medida que o tempo avança, os sintomas vão progredindo e as pessoas ficam incapazes de executar as tarefas do dia a dia, tornando-se dependentes da ajuda de terceiros. Assim é a doença de Alzheimer, uma doença neurodegenerativa e a forma mais comum de demência. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 70% de todos os casos de demência sejam referentes à doença de Alzheimer.

Como é um problema de saúde para o qual ainda não existe cura, é fundamental apostar na prevenção para diminuir o risco de desenvolvimento da doença e também no diagnóstico precoce para retardar os sintomas e a sua evolução. Saiba mais sobre esta doença e tome nota de alguns conselhos que poderá colocar em prática para diminuir o risco de a desenvolver.

Doença de Alzheimer: o que é? 

 

Foi em 1906 que Alois Alzheimer, um médico alemão, descreveu pela primeira vez esta patologia. Trata-se de uma doença neurodegenerativa, que afeta o cérebro e provoca uma deterioração progressiva e irreversível de funções como a memória, a linguagem, a concentração, o pensamento, entre outras.

De acordo com o relatório Health at a Glance 2017, Portugal é o quarto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com mais casos de demência por cada mil habitantes. Os dados relativos ao estudo da Alzheimer Europe, “Dementia In Europe Yearbook 2019”, indicam que existem mais de 193 mil pessoas com demência a viver em Portugal, sendo que as previsões apontam para que, em 2050, esse número aumente para as 347 mil pessoas, na sequência do envelhecimento da população portuguesa.


Idade, o principal fator de risco

 

A idade é o principal fator de risco associado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer, uma vez que a sua prevalência aumenta à medida que a idade avança. 
Existem também fatores genéticos que podem contribuir para um maior risco de desenvolvimento da doença. 

Estes dois aspetos – idade e genética – são fatores de risco não modificáveis, numa lógica de prevenção. No entanto, de acordo com a Alzheimer Disease International (ADI) e a Organização Mundial de Saúde, existem outros fatores que também contribuem para o aumento do risco de demência – e da doença de Alzheimer em particular – e que podem ser controlados, como por exemplo: a falta de exercício físico, o consumo de álcool em excesso, o tabagismo, a obesidade, a hipertensão, a diabetes ou mesmo a depressão. Ao controlarmos alguns destes fatores, diminuímos o risco associado a esta doença e contribuímos para a sua prevenção.


Como minimizar o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer

 

A adoção de um estilo de vida saudável e a manutenção das interações sociais são dois passos importantes para minimizar o risco de desenvolvimento de demência ou para atrasar o aparecimento dos sintomas da doença de Alzheimer. 

Seguindo a velha máxima de “mente sã, corpo são”, conheça duas estratégias para prevenir esta doença.


1. Mente sã | Mantenha o cérebro ativo 

 

Um estudo recente, publicado na revista científica Neurology, indica que manter o cérebro ativo pode atrasar o aparecimento da doença de Alzheimer em cinco anos. Isso é possível através de simples hábitos como ler e escrever, ou através de jogos que ajudam a estimular as células cerebrais e a diminuir o risco de declínio cognitivo. 
É também preciso dar atenção à interação com família e amigos. Diversos estudos apontam para a importância da manutenção dos contactos e das interações sociais – como, por exemplo, lanches regulares com um grupo de amigos – na redução do risco de demência. 


2. Corpo são | Adote hábitos de vida saudáveis

 

Fumar e consumir álcool em excesso são fatores de risco. Ao evitar estes hábitos e apostar num estilo de vida saudável, com boas rotinas de sono e de exercício físico, estará a cuidar do seu corpo e a dar um passo na direção certa para reduzir o risco associado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer.    
Uma alimentação equilibrada também desempenha um papel determinante na manutenção de um cérebro saudável. “A deficiência de micronutrientes acelera o envelhecimento, cancro e deterioração dos neurónios, causando potencialmente o declínio da função do cérebro com o avançar da idade”, explica o guia “Nutrição e Doença de Alzheimer”, da Direção-Geral de Saúde. Dessa forma, os alimentos ricos em ácidos gordos ómega 3 e micronutrientes – como as vitaminas do complexo B, vitaminas E, C e D – têm um efeito positivo sobre os neurónios.  Exemplos de alimentos com um efeito benéfico para a prevenção de Alzheimer são os peixes gordos – como o salmão, a cavala, a sardinha ou o atum –, as leguminosas e cereais, as frutas e legumes ricos em antioxidantes e os frutos secos oleaginosos – avelãs, amendoins, pinhões e nozes. 

Não se esqueça, ainda, que ao adotar uma alimentação equilibrada estará também a contribuir para a prevenção de problemas de saúde como o colesterol, a diabetes ou a hipertensão, que constituem fatores de risco para o desenvolvimento de demência. Mantenha o seu coração saudável para ajudar a manter o seu cérebro saudável.

Prevenir em várias dimensões 

 

Estes conselhos permitem-lhe alcançar uma maior qualidade de vida para que, de forma preventiva, possa reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Apesar dos fatores de risco que não são controláveis, existem sempre bons hábitos ao alcance de todos, que ajudam a prevenir o aparecimento da doença de Alzheimer. Comece já hoje a adotar rotinas mais saudáveis para manter o seu cérebro saudável.

Ainda assim, há outras dimensões de prevenção, nomeadamente o planeamento do orçamento familiar caso venha a desenvolver a doença. Para reforçar a sua proteção no futuro, pondere contratualizar um seguro que dê à sua família uma salvaguarda financeira perante o diagnóstico da doença de Alzheimer, como a solução Proteção Total Zurich, que disponibiliza uma cobertura de doenças graves, onde a doença de Alzheimer se inclui. 

Conte com a Zurich para estar sempre perto de si e da sua família.