como viver com a doença de Parkinson

Trata-se de uma disfunção neurodegenerativa progressiva do sistema nervoso central, que resulta de uma menor produção de dopamina, um neurotransmissor responsável por transmitir informação a várias partes do corpo relacionadas, por exemplo, com a atividade muscular e cognitiva.

É a segunda doença neurológica mais comum no mundo a seguir à doença de Alzheimer, estimando-se que afete perto de 10 milhões de pessoas. Em Portugal, o número de doentes diagnosticados é de cerca de 20 mil. Embora a sua prevalência aumente com a idade (é rara antes dos 50 anos), o número de doentes mais jovens está a aumentar, continuando a ser mais comum no sexo masculino.

Trata-se de uma doença cujas causas são desconhecidas e para a qual ainda não há cura. Contudo, existem diversos medicamentos e terapias (ocupacional, da fala, fisioterapia e outras) que permitem atrasar o seu desenvolvimento. Alterações no estilo de vida também ajudam. Nos casos mais severos, poderá ser aconselhada a cirurgia.

Cuidados a ter no dia a dia

Tendo em conta que a doença de Parkinson afeta sobretudo a coordenação motora e cerebral, é importante adotar alguns cuidados para que o doente consiga manter a sua independência e qualidade de vida o máximo de tempo possível.

Uma vez que os sintomas se desenvolvem de forma progressiva, o ambiente que rodeia o doente e as suas rotinas diárias devem ir sendo ajustadas à fase da doença em que ele se encontra. Estes são os nossos principais conselhos de como viver com a doença de Parkinson sem comprometer a segurança e o conforto do doente, assim como o seu relacionamento familiar e social.

Habitação

A casa é o espaço onde o doente passa muito do seu tempo. É importante que esteja organizada, de forma a minimizar o risco de queda ou outro tipo de acidentes domésticos.

• Desimpeça as zonas de circulação, como os corredores, se o doente se deslocar com a ajuda de bengala, andarilho ou cadeira de rodas;

• Coloque os objetos frequentemente utilizados em locais de fácil acesso;

Retire do chão objetos que possam provocar quedas, como tapetes pequenos e soltos, fios elétricos ou brinquedos;

• Instale barras de apoio nas divisões mais frequentadas, como a casa de banho, o quarto e a cozinha;

• Pondere a colocação de sensores de luz para evitar que o doente entre numa divisão às escuras;

• Prefira cadeiras de braços e estáveis, abolindo assentos sem costas;

• Opte por uma cama cuja altura permita que os pés do doente toquem no chão quando está sentado;

• Evite mobiliário leve, fácil de mover ou com vidro e candeeiros de pé;

• Disponibilize um telefone sem fios ou um telemóvel de fácil utilização.

Higiene e cuidados pessoais

Os tremores e a perda de equilíbrio podem dificultar o uso da casa de banho e o assegurar da higiene pessoal diária. A substituição de alguns equipamentos permitirá que o doente mantenha o autocuidado por mais tempo de forma autónoma.

• Substitua a banheira por um polibã;

• Instale um chuveiro de mão e uma cadeira de banho;

• Instale uma sanita alta e com barras de apoio laterais;

• Coloque tapetes antiderrapantes na casa de banho, incluindo no polibã;

• Prefira a máquina de barbear e a escova de dentes elétrica;

• Utilize escovas e pentes com cabo longo;

• Procure estabelecer horários e rotinas dos cuidados de higiene pessoal.

Alimentação e refeições

Os sintomas da doença de Parkinson podem dificultar a mastigação ou provocar a perda de apetite. Certifique-se de que os utensílios usados durante a refeição e a comida fornecidos ajudam o doente a alimentar-se corretamente.

• Prefira utensílios fáceis de segurar (por exemplo, garfos e facas com cabo largo) e pratos fundos e com rebordo. Há protetores de prato que impedem que a comida escorregue pelas bordas;

• Use copos com tampa de proteção ou garrafas de ciclismo para facilitar a ingestão de líquidos;

• Adapte a consistência e a forma como os alimentos são apresentados (por exemplo, previamente cortados) às dificuldades do doente e verifique sempre a temperatura da comida.

Vestuário e calçado

Sempre que possível, o doente deve vestir-se e calçar-se sozinho. A escolha das peças de vestuário e de calçado mais apropriadas à sua condição de saúde é, por isso, importante para minimizar o esforço necessário à realização desta tarefa.

• Opte por peças de roupa de textura macia e fáceis de vestir e despir;

• Substitua os botões e fechos por velcro e elásticos;

• Evite calçado com sola de borracha ou crepe e com cordões;

• Prefira calçado confortável, leve, de preferência sem atacadores, e com antiderrapante.

Olhe pela sua saúde

Apesar de a doença de Parkinson ser progressivamente incapacitante, com estes conselhos, é possível continuar a proporcionar qualidade de vida aos doentes. Conheça ainda os principais sintomas e formas de prevenção da doença de Parkinson. Na Zurich, temos soluções que podem ajudá-lo a sentir-se protegido, como por exemplo o nosso seguro Proteção Plena Zurich que garante cobertura para um conjunto alargado de doenças crónicas, designadamente, Acidente Vascular Cerebral, Cancro, Cirurgia das Artérias Coronárias, Demência (ex: Parkinson e Alzheimer), Diabetes Mellitus, Enfarte Agudo do Miocárdio, Esclerose múltipla, Insuficiência Renal Crónica em Hemodiálise, Transplante de Órgãos Vitais.

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