Cancro da tiroide: prevenção e tratamento

Saúde e Bem-estarArtigo6 de junho de 2023

Tem um comportamento menos agressivo do que outros tipos de cancro, mas nem por isso deve ser menosprezado. O cancro da tiroide pode manifestar-se de forma discreta e a melhor arma para se proteger é mudar hábitos de vida e apostar na prevenção.
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Em Portugal, os nódulos da tiroide são muito frequentes. Cerca de 4 a 7% da população tem um nódulo da tiroideia, no entanto, se se fizessem ecografias ao pescoço de forma mais regular, estima-se que seriam diagnosticados nódulos na tiroideia em cerca de 30 a 60% da população portuguesa. Mas destes nódulos, apenas cerca de 5% a 10% serão cancro.

Atualmente, o cancro da tiroide representa apenas 1% das doenças oncológicas registadas em Portugal, no entanto a sua incidência tem vindo a aumentar e a preocupar os especialistas. Em 43 anos, o número de novos casos por ano em Portugal multiplicou por 15: dados do Registo Oncológico Nacional indicam que enquanto em 1975 se registaram cerca de 50 novos casos, em 2018, o número de novos pacientes com cancro de tiroide aumentou para 753. Aos dias de hoje, diagnosticam-se cerca de 500 novos casos por ano.

Destes, a maior parte dirão respeito a mulheres, já que este é um cancro que afeta maioritariamente o sexo feminino, sendo 3 a 4 vezes mais habitual no sexo feminino. O cancro da tiroide é, aliás, um dos cinco tipos de cancro mais comuns nesta faixa da população.

Esta é uma doença, muitas vezes, silenciosa e sem sintomas numa fase inicial. Por isso, o conhecimento, a vigilância e a prevenção são fundamentais para evitar surpresas e abrandar o aumento de novos casos de cancro da tiroide.

Conhecer o cancro da tiroide

O cancro da tiroide é uma patologia que resulta de uma alteração no ADN das células desta glândula, fazendo com que cresçam de forma descontrolada. Os sintomas passam pelo aparecimento de um nódulo ou inchaço no pescoço, rouquidão inexplicável, dor de garganta persistente e dificuldade em engolir ou respirar.

As causas que levam ao desenvolvimento da doença são ainda pouco conhecidas. No entanto, sabe-se que é mais comum em idades compreendidas entre os 25 e os 65 anos e que afeta três vezes mais o sexo feminino do que o masculino. Mas existem outros fatores de risco:

• Bócio;

• Excesso de peso ou obesidade;

• Acromegalia;

• Exposição a tratamentos de radioterapia na zona do pescoço;

• Exposição a radiação por acidente nuclear;

• Antecedentes familiares de cancro da tiroide ou de outras doenças relacionadas com esta glândula;

• Polipose adenomatosa familiar.

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Como prevenir o cancro da tiroide

Como na maior parte das situações relacionadas com a saúde, a prevenção é o melhor remédio. Especialmente porque o rastreio, que passa por uma avaliação médica e, eventualmente, uma ecografia à tiroide, só está recomendado para doentes de risco, como pessoas com historial da doença na família. Assim, evitar ou atenuar eventuais fatores de risco pode ser a chave para garantir que o perigo de desenvolver cancro da tiroide reduz substancialmente.

Como acontece na maior parte das doenças oncológicas, alterar os seus hábitos é o primeiro passo na direção da prevenção e da manutenção de uma vida saudável. Por isso, é importante garantir que tem uma alimentação equilibrada, nutritiva e pautada por produtos saudáveis. Adicionalmente, a prática desportiva regular desempenha também um papel preponderante na prevenção do cancro da tiroide.

Além destes cuidados, procure:

• Evitar expor a garganta a radiação;

• Evitar excesso de peso;

• Controlar a sua saúde através de consultas médicas regulares;

• Consultar um médico em caso de dores de garganta persistentes.

Tal como o autoexame da mama, também existe um autoexame do pescoço que pode e deve fazer, especialmente em caso de persistência de sintomas:

1. Coloque a mão no pescoço e comece por localizar a cartilagem volumosa que sobe e desce quando engole;

2. De seguida, deslize os dedos para baixo, procurando a próxima cartilagem proeminente;

3. Coloque os dedos nas laterais desse relevo e engula;

4. Se sentir algum caroço, deve consultar o seu médico.

Diferentes tumores, diferentes tratamentos

Os tumores malignos da tiroide dividem-se em dois grupos principais:

O carcinoma papilar: é o tipo mais frequente de carcinoma da tiroide e representa cerca de 85% a 90% dos casos. Além de serem os mais comum, são também os menos agressivos e podem surgir em qualquer idade. De uma forma geral, são tratados com sucesso e raramente são fatais.

O carcinoma folicular: representa menos 10% da totalidade dos carcinomas da tiroide. Juntamente com carcinomas medulares ou carcinomas anaplásticos, os mais raros, representam cerca de 20% da prevalência e podem ter um comportamento mais agressivo.

Por este motivo, não há um tratamento universal que seja aplicável a todos os tumores malignos da tiroide, já que a terapêutica depende do tipo de tumor em causa.

Os tumores da tiroide devem ser tratados em Unidades Hospitalares multidisciplinares, integrando, entre outras, as especialidades de Cirurgia Geral, Endocrinologia, Oncologia Médica, Medicina Nuclear e Radioterapia.

Dependendo do tipo de tumor, o tratamento pode variar entre:

• Cirurgia, para que seja possível remover parte ou a totalidade da tiroide;

• Administração de iodo radioativo;

• Tratamento por quimioterapia e medicação.

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Olhe pela sua saúde

De um modo geral, os carcinomas mais comuns da tiroide, quando tratados de forma adequada, têm um prognóstico extremamente animador. Além de os doentes não terem de comprometer dramaticamente a sua qualidade de vida, a taxa de mortalidade é muito baixa, sobretudo quando comparada com outros tipos de cancro. Claro está que os resultados positivos dependem de estar atento ao seu bem-estar e saúde, ter um estilo de vida saudável, seguir os conselhos do seu médico e fazer qualquer exame ou tratamento necessários. Em conclusão, pode-se afirmar que o cancro da tiroide é pouco frequente, tem um bom prognóstico e uma taxa de mortalidade baixa (<1%).

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