Como ensinar as crianças a poupar e dar valor ao dinheiro
ProteçãoArtigo21 de outubro de 2021
Porque o dinheiro não nasce nas árvores, nem nas caixas de multibanco, é importante que as crianças estejam, desde cedo, familiarizadas com alguns conceitos financeiros simples que lhes permitam desenvolver, no futuro, uma relação saudável com o dinheiro e fazer uma gestão financeira responsável e consciente dos seus orçamentos.
Como um nível baixo de literacia financeira pode impedir as escolhas financeiras mais adequadas e contribuir para um endividamento excessivo, tome nota de alguns conselhos para ensinar as crianças a poupar e a dar importância ao dinheiro.
Ensinar as crianças a poupar, à medida de cada idade
Independentemente da idade das crianças ou adolescentes, há aspetos transversais que os pais podem acautelar para assegurar que os conselhos sobre gestão financeira sejam efetivamente apreendidos pelos mais pequenos. É importante, por exemplo, que os pais possam dar o melhor exemplo, pois é através dos seus comportamentos que as crianças vão assimilar as mensagens.
Ao mesmo tempo, é benéfico envolver os filhos na vida financeira da família, deixando-os participar nas decisões financeiras relevantes. A atribuição de uma semanada ou mesada é também um instrumento de educação financeira eficaz pois permite às crianças terem a responsabilidade de gerir o seu próprio dinheiro e tomar as suas decisões.
Este processo de aprendizagem não se materializa de um dia para o outro e é necessário adaptar os conceitos financeiros às etapas de crescimento das crianças – esta adaptação é visível no Referencial de Educação Financeira, desenvolvido pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. O documento avança com algumas pistas sobre os conceitos financeiros a ensinar em cada etapa do ciclo escolar, no sentido de ajudar as crianças e jovens a terem consciência sobre a importância do dinheiro e do esforço necessário para ganhá-lo.
Entre as estratégias que podem ser implementadas para ensinar as crianças a poupar e a perceber o valor do dinheiro, destacamos as seguintes:
- Dos 3 aos 6 anos
Os pais podem começar a explicar o conceito de rendimento e transmitir a ideia de que para podermos comprar brinquedos, comida e roupa, primeiro é necessário “ter” dinheiro, uma vez que ele não cai do céu. Através de jogos apropriados à idade ou de contos infantis (ex: A história da cigarra e da formiga), conseguirá transmitir de uma forma simples a importância do dinheiro e da poupança. Pode também familiarizá-las com as notas e as moedas, não só para começarem a identificar o dinheiro e o seu respetivo valor, mas também para perceberem a sua utilidade. Não é preciso saber ler para aprender a distinguir uma necessidade de um desejo. Este é um dos conceitos financeiros que pode começar a incutir nos mais pequenos desde cedo, explicando-lhes, com exemplos do dia a dia, que o dinheiro não chega para todas as despesas e que há gastos que são necessários e outros que são supérfluos. - Dos 7 aos 11 anos
As crianças ganham maior maturidade e há espaço para a transmissão de conceitos financeiros mais específicos. Poderá explicar, por exemplo, como o rendimento de uma família pode ser afetado por uma situação inesperada (desemprego ou doença) ou a importância de constituir uma poupança para acautelar imprevistos. É também uma boa altura para dar a conhecer aos seus filhos o valor de algumas despesas domésticas. Pode também começar a atribuir-lhes uma semanada simbólica. Isto vai dotá-las do sentido de responsabilidade de gerir o seu próprio dinheiro e tomar decisões. - Dos 12 aos 14-15 anos
Os adolescentes já estão preparados para alcançar objetivos com um horizonte temporal mais longo, por isso, poderá trocar a atribuição de uma semanada por uma mesada. Ajude o seu filho a definir objetivos de poupança de mais longo prazo e explique como essa poupança pode ser remunerada através do conceito de juros. Incentive também uma maior participação dos filhos na vida financeira da família. Por exemplo, peça ajuda para identificar os produtos que acabaram na dispensa e que precisam de ser reabastecidos e façam, em conjunto, a lista de compras de supermercado. Este exercício ajuda a vincar as diferenças entre os desejos e as necessidades. Esta é também uma boa altura para explicar como funcionam alguns produtos financeiros, como os cartões bancários, as contas bancárias, os empréstimos e os seguros, dando alguns exemplos de seguros disponíveis no mercado. - Dos 16 aos 18 anos
Pode transmitir-lhes conceitos financeiros mais complexos, como distinguir os diferentes custos e finalidades do crédito e ter uma noção exata das vantagens e desvantagens do recurso a um empréstimo financeiro. Ao mesmo tempo, e para fomentar a importância do valor do trabalho, pode encorajar os seus filhos a terem uma ocupação durante as férias escolares ou a desempenharem tarefas que lhes permita obter alguma remuneração. De igual forma, esta é a fase ideal para que os seus filhos compreendam as diferentes formas de remuneração da poupança e os diversos produtos financeiros que existem, como os seguros de poupança, para a constituição de poupanças a médio e longo prazo.
Para os mais novos, compreender o valor do dinheiro e pôr em prática conceitos como poupar e gerir o dinheiro recebido pode ser desafiante. Mas com ensinamentos adaptados a cada etapa da vida dos seus filhos, é possível apoiá-los e dotá-los das ferramentas adequadas para se tornarem adultos financeiramente responsáveis. Na Zurich, sabemos que o bem-estar da família é o valor mais importante. Conte connosco para o ajudar a encontrar as melhores soluções para si e para as pessoas de quem mais gosta.
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